Para marcar os cinco anos da morte da bailarina Magó, familiares, amigos e profissionais ligados à cultura promoverão passeatas e espetáculos de dança em Maringá e Mandaguari
Os eventos é uma forma de protesto e pressão para que seja feita justiça, com a condenação à pena máxima do autor do feminicídio ocorrido no dia 26 de janeiro de 2020 em uma área de turismo rural no município de Mandaguari. Naquela data, a bailarina maringaense Maria Gloria Poltronieri Borges, a Magó, foi encontrada morta na mata, próximo à uma cachoeira. Ela foi morta aos 25 anos por um homem que a encontrou numa trilha. O criminoso, identificado como Flávio Campana, encontra-se preso em Apucarana e ainda aguarda julgamento. Ele é réu por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
Em março de 2023, a Justiça de Mandaguari determinou que ele fosse a júri popular, mas, desde então, a defesa tem recorrido à decisão. As investigações da Polícia Civil concluíram que a jovem lutou com o agressor, pois o corpo dela apresentava marcas roxas nos braços, ombro e cintura e de acordo com o laudo do IML Magó morreu por asfixia.
Ana Clara, irmã de Magó, e Tânia Farias criaram o espetáculo de dança Amana, que conta a história de duas irmãs separadas por uma tragédia. É esse espetáculo de dança, cheio de poesia e protesto contra o feminicídio, que será apresentado em Mandaguari, onde ocorreu o crime e em Maringá, cidade onde Magó residia e onde iniciou sua trajetória de grande artista, inclusive de nível internacional.
O espetáculo de dança será apresentado em Mandaguari às 20h do dia 26 no Centro de Convenções Dr. Décio Bacelar e pela manhã haverá passeata, saindo da Praça Bom Independência até a Praça Bom Pastor. Em Maringá os cinco anos da morte da bailarina será marcado por uma caminhada na Praça da Catedral e apresentações artísticas no Teatro Reviver Magó.
Redação JP
Foto: Reprodução álbum de família
