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Prefeitura lança Zona de Processamento de Exportação

A Prefeitura de Maringá lançou ontem o processo de criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na Cidade. O projeto, amparado pela legislação federal que regulamenta as ZPEs, tem como objetivo a instalação do maior data center de inteligência artificial da América Latina, voltado ao processamento de dados com o uso de Inteligência Artificial (IA).

A iniciativa visa impulsionar o desenvolvimento industrial no município, aumentar a competitividade econômica e gerar novos postos de trabalho, por meio da oferta de benefícios e de incentivos fiscais e cambiais exclusivos. 

Por meio de um decreto de desapropriação, o prefeito Silvio Barros destinou para a ZPE um terreno próximo ao Aeroporto Regional de Maringá, que já está alfandegado para a movimentação de cargas internacionais. Se o projeto for aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o local será ocupado por empresas com foco principal na exportação, cuja produção será, no mínimo, 80% voltada ao mercado externo, e que terão acesso às condições fiscais diferenciadas.

“Estamos iniciando um projeto transformador para Maringá, que certamente colocará nosso município em posição de destaque nas áreas industrial e tecnológica, gerando emprego e renda para os maringaenses. Temos ao menos 12 instituições de ensino superior e, aproximadamente, 500 mil acadêmicos matriculados. Ou seja, uma grande rede de formação de pessoas e de qualificação de mão-de-obra, que pode ser bem aproveitada pelas empresas. E temos, também, no aeroporto, uma estrutura apta para se tornar um hub de carga internacional, facilitando o escoamento da produção”, explica Silvio Barros.

Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros, as indústrias representam, atualmente, 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de Maringá, enquanto a média do Estado é de 27%. “Esse é um projeto coletivo, um compromisso com as futuras gerações, e que foi elaborado para atender uma demanda industrial significativa, promovendo a geração de empregos e, claro, o aumento da arrecadação municipal. É uma ação conjunta entre os governos estadual e federal que trará impactos econômicos positivos para a cidade.”

A implantação da ZPE segue critérios definidos pelo MDIC, incluindo a definição do lugar e a seleção de uma empresa âncora. Para o projeto maringaense, a empresa RT-ONE, que atua em países como Estados Unidos, México e Suíça, analisou as potencialidades da Cidade e se interessou pela construção do data center. O empreendimento será voltado ao processamento de dados por meio de IA, tecnologia que exige até sete vezes mais consumo de energia do que sistemas convencionais, o que também exigirá investimentos na capacidade de alimentação de Maringá.

“Ter um data center operando dentro de uma ZPE nos coloca em condições de competir globalmente, com vantagens tributárias que viabilizam nossa atuação no mercado internacional”, diz o CEO, Fernando Palamone. Ele explicou ainda que fatores como as universidades renomadas da Cidade, a qualificação da mão-de-obra local, a infraestrutura energética e de água, e a capacidade do aeroporto foram essenciais para a escolha de Maringá. Com a aprovação da ZPE, as obras do data center devem iniciar em até seis meses e a previsão é que as operações comecem em até oito meses depois do início da construção. “Este será o primeiro data center com inteligência artificial da América Latina, consolidando o Brasil como um protagonista no desenvolvimento tecnológico”, finaliza Palamone.

Redação JP
Foto – Ricardo Lopes

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