Ontem, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) apresentou 16 projetos selecionados no primeiro edital da Agência para o Desenvolvimento Regional Sustentável e Inovação do Paraná (Ageuni). A apresentação foi realizada no auditório da Biblioteca Central (BCE), com a presença de autoridades, representantes empresariais, docentes e servidores.
A coordenadora da Ageuni UEM, Keila de Souza Silva, disse sobre a atuação do órgão, os projetos em andamento e os futuros, anunciados no evento. De acordo com ela, o intuito da agência é estimular o desenvolvimento socioeconômico e aumentar a competitividade das empresas paranaenses, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços.
O reitor da Universidade e presidente da Ageuni UEM, Leandro Vanalli, explicou o impacto dos investimentos na região. “A UEM teve o maior número de projetos aprovados entre as universidades do Paraná. São 16 relações entre empresas, municípios e outros órgãos com nossa comunidade científica, que vão produzir soluções a esses prefeitos e empresários. Parabenizo a Seti, que idealizou o projeto e o viabilizou financeiramente e à UEM, que vai impactar toda a região.”
O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/UEM) é encarregado pelo programa na universidade e os recursos são coordenados pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec). O presidente da Fadec, Ricardo Pereira Ribeiro diz que “o volume de aprovações da UEM junto à Ageuni mostra a mobilização dos pesquisadores da universidade. A ideia é participar ainda mais de um novo edital e apresentar mais de 60 projetos.”
Para o professor Ferenc Istvan Bánkuti, coordenador do projeto “Uso de microchips para rastreabilidade de bovinos”, aprovado no edital, “a conquista é muito importante, enquanto pesquisador, também é importante para a empresa e para a sociedade. O resultado da UEM mostra nosso comprometimento com a pesquisa e com as fundações envolvidas com o gerenciamento do recurso”.
No evento, o diretor de Ciência e Tecnologia da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) do Paraná, Marcos Aurelio Pelegrina, também parabenizou os projetos de pesquisa da UEM aprovados no edital e apresentou dois novos, que serão lançados pela Ageuni.
De acordo com Pelegrina, “o sistema é ganha-ganha, pois as empresas se beneficiam das inovações, as universidades formam pesquisadores e os royalties são divididos. Assim, as estratégias inovadoras pretendem transformar a ciência no Paraná”, afirmou. Ainda segundo ele, o investimento da Seti em inovação e tecnologia pode chegar a R$ 800 milhões, em um trabalho conjunto do governo do Estado.
INVESTIMENTOS
Os 16 projetos aprovados no edital receberão juntos R$ 6,7 milhões de investimentos para viabilização. A maior fatia do montante (75%) será para propostas da região de Maringá, que concentram R$ 4,8 milhões. Cianorte, que também tem um câmpus regional da UEM, receberá cerca de R$ 600 mil (9,1%); Indianópolis, R$ 400 mil (6,1%); Jandaia do Sul, R$ 368 mil (5,6%) e Paranavaí, R$ 332 mil (5,1%).
A maioria dos projetos é da área social ou da educação (62%). Na sequência, por agricultura e agropecuária (25%) e municípios inteligentes (12,5%). Os dados foram apresentados pela Ageuni no evento.
Da Redação
Foto – UEM
