Início Policial A violência contra a mulher paranaense em 2024 segundo o MDHC

A violência contra a mulher paranaense em 2024 segundo o MDHC

O problema se torna ainda mais grave na medida em que as vítimas pouco denunciam os casos de violência às autoridades policiais

Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania mostram que o Paraná foi um estado onde a violência contra a mulher explodiu em 2024. E chama a atenção para o fato de que um percentual muito pequeno de casos que chegaram ao conhecimento das autoridades policiais. Foram 20.592 casos de violações, mas o número de denúncias foi de apenas 3.103. A maioria das mulheres atacadas foram vítimas de maus tratos, abuso  sexual e exploração sexual, com a cooptação de jovens para a prostituição.

Curitiba é a cidade de maior número de casos de violações, mas também onde mais se denuncia. Dos 5054 casos levantados pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania 760 foram denunciados oficialmente. Para a coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera de Arapongas, Maria Juliana Apypic  Bertoncelo, “a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar e trazer discussões  sobre esse assunto contribui para que medidas efetivas sejam tomadas. “Esta é a única forma da sociedade combater o problema”, pondera a professora e advogada, acrescentando: “A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”.   

Maria Juliana dá dicas importantes de como a mulher pode pedir ajuda e se proteger: 1º – Realizar a chamada para o 190 e conversar com o policial e a policial como se estivesse realizando um pedido de delivery, pois trata-se de uma forma muito útil de pedido de socorro ao perigo iminente sofrido pela mulher; 2º – Além disso qualquer cidadão que pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas desses tipos penais, permitindo socorro de forma mais ampla; 3º – As delegacias especializadas no atendimento à mulher realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, Nas unidades é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência.

Redação JP
Foto – Reprodução

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