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A Universidade Estadual de Maringá (UEM) ocupa pelo sexto ano seguido o primeiro lugar do Brasil em produção científica comandada por mulheres. Com isso, do total de projetos de pesquisa, 55% têm participação feminina, seja de docentes ou alunas.
Os dados internos foram levantados pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da universidade. Os dados nacionais são do Leiden Ranking, feito desde 2011 pelo Centro de Estudos em Ciência e Tecnologia (CWTS) da Universidade de Leiden, na Holanda, e celebram o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, ontem. A data foi estabelecida em 2015, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de conscientizar a sociedade de que a ciência e a igualdade de gênero precisam andar lado a lado.
A UEM está no topo do ranking brasileiro na comparação de autorias femininas e masculinas em pesquisas desde que o CWTS introduziu o indicador de gênero na classificação, em 2019, porém, ainda há muito caminho pela frente. Segundo dados da Unesco, a porcentagem média global de pesquisadoras é de 33,3%, e somente 35% dos estudantes de áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), são mulheres.
A professora e pesquisadora Josiane Pinheiro, do Departamento de Informática da UEM, reconhece essa dificuldade e coordena o projeto “Conectadas – Incentivando meninas e mulheres para a tecnologia”. O intuito é apresentar as áreas da informática e correlatas a meninas do ensino fundamental e acolher as calouras que chegam à universidade.
O projeto foi um dos contemplados com o Selo Social 2024, certificação que destaca ações de impacto social alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. A UEM foi certificada por 28 projetos; desses, 20 são coordenados por mulheres.
Claudia Bonecker é professora e pesquisadora do Nupélia e explica que o principal desafio é ser vista. “Temos que abrir mais espaço por nós mesmas. O principal desafio é ser lembrada como uma pessoa que pode participar de uma mesa redonda, por exemplo, que tem algo a acrescentar. Já cheguei a participar de mesas redondas com quatro pessoas em que eu era a única mulher.”
Na UEM, a quantidade de docentes mulheres em projetos de pesquisa é 828 e o número de alunas é 447. O quantitativo masculino é de 756 docentes e 258 alunos.
Da Redação
Foto – UEM