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Carnaval será o último na Vila Olímpica

Carnaval de 2025 será na Vila Olímpica, mas, atendendo à solicitação da Associação de Moradores, edição de 2026 ocorrerá em novo local ainda não definido

Faltando apenas seis dias para o início do carnaval em Maringá, marcado para começar em 28 de fevereiro, as Associações de Moradores da Zona 7 e dos Síndicos de Maringá formalizaram um pedido à Prefeitura para que os eventos programados para a Vila Olímpica sejam transferidos para outro local.

O pedido é motivado por preocupações com a segurança, infraestrutura inadequada e os transtornos causados aos moradores da região durante as festividades.

O ofício, que foi encaminhado a diversas autoridades, incluindo o Ministério Público, a Câmara Municipal e as forças de segurança, aponta uma série de problemas com a realização do carnaval no complexo esportivo, como falta de vistoria do Corpo de Bombeiros, policiamento insuficiente, consumo de drogas e impacto na qualidade de vida dos moradores locais.

De acordo com o ofício, as associações não se opõem à realização do carnaval, mas defendem que ele seja realizado em um local mais apropriado devido aos riscos à segurança da população e à organização dos eventos.

A associação de moradores da Zona 7 destaca, em um ofício enviado à Prefeitura, diversos problemas causados pelos eventos anteriores de carnaval na Vila Olímpica.

Entre as principais preocupações estão a falta de vistoria do Corpo de Bombeiros, o que coloca em risco a segurança dos foliões, e a inadequação do policiamento, que gera violência e dificulta a contenção de conflitos.

Além disso, as associações apontam o consumo de drogas nas imediações, a poluição sonora que afeta especialmente idosos e pessoas com hipersensibilidade auditiva, e o acúmulo de lixo, que sobrecarrega os moradores.

José Augusto Machado, presidente da Associação de Moradores da Zona 7, comentou sobre os esforços da associação para discutir a realização do Carnaval na Vila Olímpica com a Prefeitura e autoridades competentes.

Em entrevista, ele explicou que se reuniu com os secretários Tiago Valenciano, da Cultura, e Paulo Biazon, de Esporte e Lazer, no dia oito de fevereiro, para tratar da questão.

Machado contou que a principal preocupação dos moradores é com a segurança e os transtornos causados pelo evento, principalmente por entender que a Vila Olímpica não é um local adequado para grandes eventos.

“Ali é um espaço voltado para atividades esportivas, como as quadras e as piscinas. Colocar 20 mil pessoas no local é impossível de controlar. Não tem como emitir alvará para um evento dessa magnitude”, afirmou Machado.

Ele destacou também os riscos à segurança, como a presença de escadarias e barrancos que dificultam a circulação, além da possibilidade de materiais de construção da obra do Eixo Monumental serem usados de forma imprópria.

O presidente da associação revelou que, após a reunião com os secretários, foi acordado que este será o último carnaval realizado na Vila Olímpica. “Este ano, o evento vai ser realizado lá porque já está muito em cima, mas prometeram que não será mais feito na Vila Olímpica. Vamos buscar soluções para que, no futuro, o evento seja realizado em outros locais mais adequados na cidade”, afirmou Machado.

RESPOSTA DA PREFEITURA

O secretário de Cultura Tiago Valenciano afirma que, devido ao tempo hábil para a organização do evento, o carnaval deste ano será mantido na Vila Olímpica.

No entanto, a partir do próximo ano, a folia será transferida para outro local, visando maior segurança e comodidade para os foliões e para a população local.

Segundo Valenciano e o secretário de Esporte e Lazer, Paulo Biazon, a Prefeitura está em busca de alternativas para garantir melhores condições para eventos públicos em Maringá, já que a Cidade tem enfrentado dificuldades com a falta de espaços adequados.

Além disso, foi solicitado aos organizadores dos bloquinhos que reduzam o nível de ruído durante as festividades, com horários específicos para o início e término das apresentações, a fim de minimizar os transtornos para os moradores da região.

Também foi confirmado que a Virada Cultural não ocorrerá na Vila Olímpica, sendo planejada para outro local mais apropriado.

Como sugestão, as associações recomendam o Aeroporto Antigo Gastão Vidigal ou o Parque de Exposições. Para as entidades, esses locais não só seriam mais apropriados para grandes eventos, como também estariam mais distantes das áreas residenciais, minimizando o impacto nas comunidades vizinhas.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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