
A municipalidade apresentou, nesta última quinta-feira aos representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar) uma proposta de reajuste salarial de 4,90%, ligeiramente acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 4,87%.
Além disso, o vale-alimentação será reajustado para R$ 528, atendendo à solicitação da categoria. A proposta foi elaborada levando em consideração as condições fiscais do município, que enfrenta uma arrecadação abaixo do esperado para o ano de 2024.
Na mesma data, a categoria se reuniu em assembleia na sede do sindicato, que ficou completamente lotada. O encontro teve início às 19h30 e contou com a participação de centenas de servidores. Durante a reunião, as dirigentes e membros da comissão de negociação fizeram comentários iniciais sobre as negociações e detalharam os argumentos apresentados pelos secretários municipais. As propostas da Prefeitura foram aprovadas por ampla maioria entre os presentes.
O reajuste salarial de 4,90% foi composto pela inflação acumulada em 12 meses até fevereiro, medida pelo INPC (4,87%), mais um ganho real de 0,03%. Também foi aprovado o reajuste do vale-alimentação, que passará de R$ 504,00 para R$ 528,00, sem redução da contrapartida.
Outra medida importante aprovada foi o aumento do valor investido no Sistema de Assistência à Saúde Municipal (Sama), que subirá de R$ 97,30 para R$ 102,17 por pessoa. Embora a proposta ainda não tenha sido oficializada, o sindicato e a comissão de negociação cobraram a criação de uma mesa permanente de negociação para tratar do auxílio social aos aposentados.
Horas antes da assembleia, os representantes da Prefeitura se reuniram com o sindicato para apresentar a proposta. Durante esse encontro, o município detalhou o impacto financeiro da proposta, que representaria mais de R$ 1 bilhão por ano aos cofres municipais, comprometendo 48,14% da receita corrente líquida. Esse valor está próximo ao limite prudencial para gastos com pessoal, que é de 48,60%.
O secretário de Fazenda, Carlos Augusto Ferreira, e o Chefe de Gabinete, Tiago Barros, destacaram que a proposta foi pensada para respeitar os limites legais da gestão fiscal, dado que a arrecadação está abaixo do previsto no orçamento de 2024. Em fevereiro, a previsão era de arrecadar R$ 250 milhões, mas o valor efetivamente arrecadado foi de R$ 210 milhões, o que impactou diretamente as negociações.
Da Redação
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