
A polícia prendeu 10 membros da organização criminosa que traficava, roubava, matava e, à base de ameaças coletivas, mantinha um bairro inteiro sob domínio do tráfico
Um homem suspeito de praticar estupro, foi executado com requintes de crueldade por uma espécie de “tribunal do crime”, em que traficantes julgam desafetos. Neste caso, a percepção de experientes investigadores é de que o sentenciado foi morto para servir de exemplo à facções rivais e intimidar a população, transformada em refém do tráfico. A execução, que deu origem à operação policial deflagrada nesta quinta-feira em Paiçandu ocorreu no dia 9 de março, quando a vítima foi espancada por várias pessoas e depois executada com um tiro na cabeça.
Dezenas de policiais militares, civis e penais, foram às ruas de Paiçandu para cumprir mandados judiciais. A operação prendeu 10 integrantes da organização criminosa investigada e apreendeu muitas armas, munições e porções de cocaína. Cães farejadores da Polícia Civil e da Polícia Militar deram apoio à execução dos mandados de prisão e de busca e apreensão. O homicídio cometido no início do mês foi o ponto de partida das investigações que culminaram com o desmantelamento do grupo criminoso, conforme o tenente-coronel Carlos Cesar de Souza Peres. “O crime organizado está tentando se instalar no bairro onde o “tribunal de execução” se instalou e vinha amedrontando os moradores” disse.
Da Redação
Foto – AEN