
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) alcançou um importante marco ao ser contemplada, pela primeira vez na sua história, com a aprovação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O projeto, sediado no Departamento de Física da UEM, envolve 91 pesquisadores de 18 instituições brasileiras e 25 de instituições internacionais de renome, além de contar com a participação de 61 estudantes.
Denominado Instituto Nacional de Pesquisa e Inovação em Imagem Fototérmica, o projeto é coordenado pelo professor Mauro Baesso e tem como objetivo o desenvolvimento de novas tecnologias de imagem por meio de laser para a detecção precoce de câncer e outras doenças de forma não invasiva.
Com um investimento de R$ 15 milhões, o projeto busca viabilizar a compra de equipamentos, o pagamento de bolsas, viagens e outras despesas essenciais para sua execução.
De acordo com o professor Baesso, o projeto tem raízes em publicações feitas pela UEM em 2007 e é fruto de 30 anos de pesquisa. “O objetivo é que as técnicas desenvolvidas possam ser utilizadas no diagnóstico clínico e transformadas em equipamentos que cheguem à sociedade. A ideia é criar métodos de detecção sofisticados que ainda não existem, contribuindo para o avanço dos processos diagnósticos”, explicou o coordenador.
O projeto conta com a participação de 82 mulheres e 95 homens, que representam 43,5% e 56,5% da equipe, respectivamente. A pesquisa abrange várias áreas, como biologia, farmácia, odontologia, medicina, química e engenharias, consolidando a UEM como um polo de inovação e pesquisa científica.
A pesquisa foca no uso de imagens geradas por laser não invasivo, capazes de identificar e diferenciar rapidamente cânceres e tumores malignos. A tecnologia também tem aplicações em doenças infecciosas, como a detecção de fungos, vírus e bactérias, especialmente no setor de alimentos.
O programa INCTs, do CNPq, tem como objetivo selecionar projetos de pesquisa de longo prazo com impacto científico elevado, envolvendo redes nacionais e internacionais de cooperação.
Na 46ª chamada de 2024, o projeto da UEM obteve a terceira maior nota entre os selecionados, ficando com a 10ª posição geral, entre 653 projetos concorrentes. O resultado final será divulgado em maio.
Da Redação
Foto – UEM