
A secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Maringá, Olga Agulhon, utilizou a tribuna da Câmara Municipal na sessão de ontem, 22, para apresentar um balanço das ações realizadas pela pasta no primeiro trimestre de 2025.
O convite foi feito pela vereadora Professora Ana Lúcia, com o objetivo de divulgar os projetos voltados à proteção, qualificação e autonomia das mulheres na Cidade.
Entre as principais iniciativas destacadas, esteve o Semulher Itinerante, que levou palestras e rodas de conversa a bairros e comunidades, alcançando mais de 3 mil mulheres no período. Em parceria com as Patrulhas Maria da Penha, compostas por equipes da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, a ação abordou temas como direitos das mulheres, tipos de violência e redes de apoio.
“A descentralização do acesso à informação é essencial para prevenir e combater a violência contra a mulher. O projeto tem levado conhecimento de forma humanizada a quem mais precisa”, explicou Agulhon.
Outro projeto importante foi o Qualifica Mulher, que ofereceu cerca de 300 vagas em cursos gratuitos com foco na autonomia financeira e inserção das mulheres no mercado de trabalho.
“São cursos que visam o empoderamento das mulheres para que elas tenham não apenas independência emocional, mas também econômica. Assim, podem dizer ‘não’ e dar um basta a relacionamentos abusivos”, afirmou a secretária.
Na área de saúde menstrual, o programa Dignidade e Proteção distribuiu 36.240 absorventes higiênicos gratuitamente para mulheres em situação de vulnerabilidade social. A meta da Semulher é alcançar 50 mil unidades até o fim de 2025, com o apoio de uma campanha de arrecadação em supermercados.
Além disso, o Centro de Referência e Atendimento às Mulheres (CRAM) Soldado Daniela Carolina Marinelo realizou 205 atendimentos psicossociais no período, oferecendo apoio especializado a mulheres vítimas de violência doméstica.
Na mesma sessão, a Câmara Municipal de Maringá analisou oito projetos e 14 requerimentos de informação ao Executivo. Entre eles, o relatório da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) referente às contas da Prefeitura de 2023 foi aprovado por 15 votos a 7.
A votação foi marcada por discussões intensas e uma suspensão temporária para debates entre os vereadores. Antes da votação, o presidente da CFO, Odair Fogueteiro (PP), pediu a suspensão do processo por quatro sessões para permitir mais tempo de análise, mas a solicitação foi rejeitada. O projeto segue agora para a análise do Tribunal de Contas, que emitirá parecer final sobre a gestão do ex-prefeito Ulisses Maia (PSD).
Da Redação
Foto – CMM