
Professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) irão paralisar as atividades acadêmicas na próxima terça-feira em adesão a uma mobilização estadual organizada por sindicatos da educação e demais categorias do serviço público. A decisão pela paralisação foi tomada em assembleia realizada no dia 25 de março.
A ação, que também envolve outras universidades estaduais e educadores da rede estadual de ensino, reivindica recomposição salarial, melhores condições de trabalho e denuncia o processo de privatização de serviços públicos no Paraná.
A paralisação, convocada pela Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), marca simbolicamente os dez anos do episódio conhecido como “massacre de 29 de abril de 2015”, quando servidores estaduais foram duramente reprimidos pela polícia durante um protesto em Curitiba, no governo Beto Richa.
Entre as principais reivindicações dos docentes estão a recomposição da data-base, uma vez que as perdas salariais acumuladas desde 2016 já ultrapassam 47%, e a revogação da Lei Geral das Universidades (LGU), considerada um ataque direto à autonomia universitária.
Além disso, os professores demandam melhores condições de infraestrutura e trabalho, o reconhecimento de direitos para docentes temporários e aposentados, bem como o pagamento de horas extras e adicionais de insalubridade.
No dia, está programado um ato público na Praça Raposo Tavares, com concentração às 17h30 e caminhada a partir das 19h. A manifestação será organizada por entidades como a APP-Sindicato, Sesduem, Sindsaúde, UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), DCE (Diretório Central dos Estudantes da UEM) e APG (Associação de Pós-Graduandos).
Além da UEM, as outras seis universidades estaduais do Paraná, UEL, UEPG, Unioeste, UENP, Unespar e Unicentro, também confirmaram participação na paralisação do dia 29.
Da Redação
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