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Cumprimentos com sentimentos

Aprendi, ainda criança, que devemos saudar todas as pessoas quando as encontramos, inclusive as que não conhecemos.
Saudar significa cumprimentar, com um ‘bom dia’, ‘boa tarde’, ‘boa noite’, e hoje mais modernamente, com um oi, olá, ou simples meneio de cabeça e sorriso.

O advento das redes sociais fez aumentar o número de amigos, e o facebook, em especial, nos avisa dos aniversariantes do dia, para que possamos cumprimenta-los , parabenizando-os, virtualmente.

Cumprimentar é enviar boas vibrações, e quando pronunciamos um ‘bom dia’, por exemplo, deveremos sempre estar desejando que o dia da pessoa seja bom. O mesmo serve para quando parabenizamos um amigo pelo aniversário, ou diante da morte de um ente querido de alguém, quando manifestamos pêsames. É preciso ser manifestações com sentimentos.

É sempre assim? Será que na correria do dia a dia não cumprimentamos automaticamente, sem os sentimentos que são próprios de boas vibrações, e muitas vezes sem saber como realmente está a pessoa?

No último domingo recebi, pelo facebook, a notificação de aniversário de um amigo, que foi meu Gerente do Banco do Brasil em Caarapó- MS e que estaria completando 80 anos. Como não falava com ele há uns cinco anos, eu que algumas vezes vou parabenizando amigos pelos aniversários de maneira automática, fui olhar a sua página e notei alguns cumprimentos e mais abaixo uma nota de falecimento. Meu ex chefe e amigo, Joel Garabine Barbosa, falecerá em março de 2020.

Não é a primeira vez que me deparo com aviso de aniversários de pessoas que já deixaram o plano físico e procuro sempre deixar uma mensagem, mais ou menos como esta:

‘Caro Joel: Avisado sobre seu aniversário de 80 anos, soube que há dois anos deixou a Mundo Físico, retornando ao Espiritual, de onde viemos e para onde todos um dia voltaremos.
A vida prossegue, mas a sua existência na Terra findou, portanto não mais está aniversariando, considerando a contagem de tempo, do dia em que chegou para a existência findou em 2020.
Continua vivendo, neste momento sem o corpo físico, mas vivendo, pois a vida é infinita, então vou cumprimentá-lo, ou seja, enviar-lhes vibrações de paz e de progresso espiritual, na nova morada.
Ser humano bom conheci e convivi em Caarapó-MS, quando foi meu Gerente no Banco do Brasil, esperamos e desejamos que esteja bem no mundo para onde foi.
Que a Neuza e todos os seus próximos sintam apenas uma saudade saudável, pela ausência da sua presença e presença de sua ausência física, e tenham força, coragem, fé, paciência, na espera do momento do reencontro. Grande abraço, caro amigo. ‘

E concluo, caros leitores, para refletirmos sobre a necessidade de colocarmos sentimentos em qualquer saudação.

A saudação é um cumprimento que pode ser demonstrado através de gestos ou palavras, sempre uma manifestação de cortesia. Ao se tornar um hábito se transforma numa forma de cuidado e respeito para com os outros, sejam conhecidos ou desconhecidos.

Infelizmente nestes tempos de pressa crescente a saudação se tornou uma prática pouco utilizada onde as pessoas passam umas pelas outras sem se verem. Jesus constantemente saudava os apóstolos com um sorriso e o desejo de paz e estendia seu olhar magnânimo igualmente para todos.

O espírito André Luiz, em sua magnifica obra “Sinal Verde”, nos contempla com uma página para nos alertar sobre a necessidade de desenvolvermos esse comportamento que demonstra educação e fineza. :“Pense no seu contentamento quando alguém lhe endereça palavras de afeto e simpatia, e faça o mesmo para com os outros”.

Se não é fácil adquirir o hábito da saudação, lembremos que nenhuma conquista se faz sem muito esforço e boa vontade.
Que o início da aquisição do salutar costume de cumprimentar as pessoas ocorra a partir de um simples levantar de olhos em direção àquele que está na sua frente, com bons sentimentos, sempre, até para com os que nos ignoram.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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