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A festa que não aconteceu: acadêmicos acusam empresa contratada de dar calote de R$ 3 milhões

Os acadêmicos lesados entraram com mandado de segurança e obtiveram liminar contra a empresa que já tinha recebido e não fez a festa de formatura contratada.

O prejuízo dos 123 estudantes que pagaram durante seis anos pela festa de formatura no curso de medicina da Unicesumar chegou a R$ 3 milhões. A empresa só comunicou que não faria a festa, incluindo o baile, uma hora antes do evento começar no último sábado. O assunto virou notícia nacional, sendo noticiado com destaque pelos principais sites de notícia do país. Apesar da liminar favorável à comissão de formatura concedida pela Justiça no final de semana, que determina o arresto de bens da empresa o ressarcimento terá que ser buscado por cada um dos lesados, segundo orientação de advogados.

A empresa Brave, de Florianópolis (SC) , alega que os estudantes interferiram na realização do evento ao interpelar fornecedores por conta própria. E insinua que não realizou a festa porque havia um déficit de R$ 530 mil no projeto da formatura, o que não é confirmado pelos estudantes.

A catarinense Brave se intitula “maior empresa de formatura de medicina do país”. Ela vai além no autoelogio: “ Abrave é muito mais que a maior empresa de formaturas de medicina do país. Somos um centro de negócios feito de pessoas apaixonadas em proporcionar experiências e espetáculos que excedem todos os sentidos”. Os estudantes que já vinham pagando há tempo a festa ficaram frustrados e indignados ao mesmo tempo, porque já viviam o clima da formatura quando souberam do cancelamento.

Entre as alegações da empresa está o que ela chama de defasagem de R$ 530 mil sobre o valor total acordado há seis anos, em contrato. Mar o caso de Maringá não é o único envolvendo a mesma empresa. Segundo o jornalista Chico Alves , colunista do portal UOL, problema semelhante teria ocorrido com a Brave no Rio de Janeiro com uma turma de formandos da Academia Militar das Agulhas Negras, em dezembro. Ou seja, os formandos se cotizaram, pagaram adiantado pela festa de formatura e na hora H ficaram chupando o dedo.

Conforme denúncia da comissão de formatura à Delegacia de Estelionato de Maringá, fornecedores contratados pela empresa para ajudar a montar a estrutura da festa no Parque de Exposições de Maringá não haviam recebido e nem as atrações contratadas para o baile foram sequer confirmadas. A Delegacia de Estelionato ouviu diversos acadêmicos e já teria intimado a empresa.

Redação JP
Foto – GMC

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