As três palavras identificam a mulher mais importante na vida que cada um de nós, aquela em cujo ventre foi gerado o corpo físico que nos serve de veículo de manifestação na atual existência, ainda que na sequência da missão que lhe foi confiada pelo Criador, a de nos amparar, alimentar, sustentar nos primeiros anos da atual encarnação, até que nos tornássemos independentes, possa eventualmente desertar.
Em caso de deserção, uma pessoa a substituiu e igualmente deve ser considerada uma mãe, inclusive se for do gênero masculino, pois como diz um ditado popular, mãe também é quem cria, adota, sustenta. Portanto, todos temos uma mãe, alguns duas ou mais, e devemos amá-las e homenageá-las não só no segundo domingo de maio.
Mas será que todos sempre compreendemos nossas mães, na adolescência e juventude, sobretudo? Vejamos um texto, para refletirmos:
‘No dia das Mães, quando tantas homenagens ocorrem, uma garota escreveu: Durante toda a vida ouvi falar: “Se o filho está feliz, a mãe está feliz. Tudo que eu quero é ver meu filho feliz.
Francamente, impossível acreditar nisso. Se fosse verdade, eu teria podido comer aquela barra de chocolate inteirinha. Isso me teria feito muito feliz. Mas ela não deixou. Cortou minha felicidade ao meio.
Quando quis virar a noite no videogame, eu estava no auge da minha felicidade. Mas ela não entendeu. Por acaso, ela pensou na minha felicidade? É claro que não. Ela disse que contaria até três e me fez desligar a TV, no meio da última fase do jogo.
Se houvesse sinceridade nesse desejo dela de me ver feliz, ela teria me deixado namorar ao invés de estudar. Como ela pôde me proibir de sair e me forçar a ficar horas com os livros, quando tudo que me faria feliz naquele momento estava lá fora?
O sol estava lá fora. O namorado estava lá fora. Os amigos estavam se divertindo. Todos… menos eu. Como sempre, o que eu ouvia era: “Você não é igual a todo mundo. Você é minha filha. ”E, naquele dia, em que cheguei chorando porque tinha sido injustiçada pelos amigos, ela disse: “Você deve ter feito alguma coisa para merecer isso.
Quanta insensibilidade! Ela não sabia que me faria feliz se tivesse se unido a mim para dizer que eu estava certa? Até me ajudasse a encontrar mil defeitos neles.
As mães dizem que nos querem ver felizes. Na verdade, também querem que arrumemos a cama, lavemos a louça, tiremos o lixo, cuidemos dos irmãos. E, ainda, nos forçam a comer o que elas dizem que é saudável. Garanto que a maioria dos filhos pensa como eu.
Pois é. Pensamos assim até nos tornarmos mães ( ou pais) Quando a vida nos presenteia com um filho, passamos a ver as coisas de forma bem diferente.
O não da barra de chocolate passa a ser entendido como um sim à disciplina alimentar. O não ao videogame se torna um sim às horas insubstituíveis de sono. O não ao namorado, não é um não ao namoro, é um sim ao futuro.
Então entendemos e agradecemos por cada atitude de nossa mãe porque todas serviram para nos tornar melhores.
Hoje, quando nossa mãe nos olha com orgulho, e sorri mesmo quando as coisas não estão fáceis, conseguimos compreender o sentido daquela frase repetida incansavelmente, ao longo da vida: “Se você estiver feliz, eu estarei feliz.”
Não há nada maior do que o amor de uma mãe. Também nada mais gratificante do que descobrir, nos seus olhos, a felicidade por ver seu filho bem neste mundo.
Agradeçamos à nossa mãe o que fez por nós, por nos ter transformado num barco forte para passar por todas as tempestades. Agradeçamos por ter nos acolhido com mesa farta quando chegamos em terra firme com a alma sedenta de amor e o coração faminto de carinho. Agradeçamos pelo melhor colo do mundo e pelo sorriso maravilhoso de se ver!
E sim, ficamos zangados quando ela está longe. Nós a queremos por perto para continuar dizendo não, quando necessário, para essa criança, dentro de nós, que nunca para de aprender! (fonte do Momento Espírita– Luciana Goldschmidt Costa)
Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução