A 15ª Regional de Saúde de Maringá tem 36.812 casos de dengue, segundo o boletim semanal da doença divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) ontem. Existem 17.768 novos casos da doença e mais 35 mortes no Paraná. Conforme o documento, o atual período epidemiológico, que começou em julho do ano passado soma agora 414 óbitos, 480.865 diagnósticos confirmados e 834.963 notificações.
As mortes registradas no informe desta semana foram entre 26 de março e 23 de maio. São 16 homens e 19 mulheres, com idades entre 21 anos e 97 anos, residentes em 10 cidades: Curitiba (1), Foz do Iguaçu (2), Cascavel (8), Guairaçá (1), Paranavaí (1), Maringá (2), Apucarana (1), Londrina (7), Rolândia (5) e Toledo (7). Desse total, 26 pessoas apresentavam comorbidades.
Os municípios com mais casos são Londrina 33.139, Cascavel 27.959, Maringá 21.419, Apucarana 18.321, Francisco Beltrão 16.942 e Curitiba 11.768. Há 398 municípios com confirmações de dengue, sendo que somente Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba não tem casos confirmados.
Informações a respeito da chikungunya e zika vírus, transmitidas também pelo mosquito Aedes aegypti também são apresentadas no documento. Houve o registro de cinco novos casos de chikungunya, que soma 146 confirmações e 1.757 notificações da doença no Paraná.
Desde o começo deste período não houve confirmação de casos de zika vírus, com 132 notificações registradas.
COMBATE À DENGUE
O secretário de Saúde, Cesar Neves comentou a respeito da epidemia de dengue em audiência pública. Segundo ele, felizmente a questão climática influencia na retração da doença, como era de se esperar, uma curva que já está em declínio. “É claro que continuamos vigilantes, continuamos apoiando todos os municípios que passaram e passam por este problema, mas oxalá, esta curva esteja em declínio e nós possamos ter nossos olhos voltados para outros desafios de saúde pública.”
Já sobre as vacinas da dengue não há para este ano nada de novo neste cenário, sendo que o Ministério da Saúde comprou o que era possível da farmacêutica japonesa Takeda Pharmaceutical Company. “Foram 5 milhões de doses compradas, mais 1 milhão e 300 de doação do laboratório das vacinas que estavam próximas de vencimento, no total de 6 milhões e 300 mil doses que estão sendo distribuídas até o final do ano. Mas nós acreditamos que sob o ponto de vista epidemiológico e de bloqueio desta doença, o ano que vem será decisivo. Existe uma promessa para julho/agosto do ano que vem do Laboratório Butantã de São Paulo, nós estivemos conversando com o presidente Dr. Esper Georges Kallás há uns dois meses atrás, e ele está muito otimista que tenhamos algo em torno de 30 a 40 milhões de doses para 2025 da vacina do Butantã e que será uma vacina para todos os quatro sorotipos da dengue e também será uma vacina em uma única dose, então isso é uma luz no fim do túnel. Além disso, as medidas de prevenção estão sendo cada vez mais propagadas com a população, com os prefeitos, com os municípios, temos também neste horizonte as usinas da bactéria wolbachia, que é mais uma ferramenta de combate”, explica.
Da Redação
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