Início Policial Gaeco desmonta esquema de lavagem de dinheiro na região

Gaeco desmonta esquema de lavagem de dinheiro na região

O alvo principal era uma empresa de fachada com sede em Maringá, que vende produtos eletrônicos pela Internet.

O Ministério Público do Paraná por meio do Núcleo do Gaeco de Maringá deflagrou nesta quinta-feira a Operação Versalhes, que apura suspeitas de lavagens de bens e valores por administradores de ume empresa de fachada. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, buscas pessoais e bloqueio de ativos financeiros de R$ 5 milhões em Maringá, Sarandi, Peabiru e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. A operação é o resultado de uma investigação iniciada em março de 2022, que revelou indícios de que a pessoa jurídica investigada estaria sendo utilizada para dar aparência de legalidade a valores provenientes de atividades ilícitas.

Transações suspeitas foram identificadas em uma plataforma de marketplace, sugerindo a simulação da venda de produtos pela internet como forma de justificar valores obtidos ilicitamente. Além disso, verificou-se que os administradores da empresa, que se declaram agricultores, possuíam outras fontes de renda, como a compra e venda de veículos de alto padrão e atividades de factoring (fomento mercantil). Os investigados têm antecedentes criminais, com condenações por receptação e tráfico de drogas.

 Um dos alvos da operação, residente em Peabiru, é suspeito de movimentar valores para os empresários investigados, mediante a troca de cheques e transferências eletrônicas. Outro investigado, possível laranja do esquema, é morador de Balneário Camboriú (SC) e foi identificado como responsável por fornecer dados falsos para a transferência fraudulenta da sede da empresa de comércio eletrônico para o município catarinense, configurando indícios de um esquema de lavagem de dinheiro em escala interestadual.

 A operação incluiu a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, requisição de informações a plataformas de marketplace sobre os cadastros e históricos de venda da empresa de fachada, além de levantamentos junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre imóveis rurais e atividades agropecuárias e diligências voltadas à verificação do patrimônio dos investigados e da real atividade da empresa de comércio eletrônico.

Redação
Foto – Reprodução

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