Agentes da Denarc cumpriram ontem mandado de busca e apreensão contra o repórter e blogueiro André Almenara, investigado por envolvimento com uma organização criminosa.
Segundo o delegado Leandro Roque Munin, da Divisão Estadual de Narcóticos de Maringá (Denarc), que comanda a Operação “Todos por Um”, a Orcrim começou a ser investigada em 2020 por envolvimento em crimes em Maringá e cidades da região. Em 2023 um integrante do grupo morreu em confronto com a PM e no celular apreendido foram encontradas conversas entre o criminoso morto e o repórter policial. A análise do celular revelou as ligações que André Almenara tinha com a organização criminosa, ligada ao tráfico de drogas.
O delegado informou que o blogueiro atuava como uma espécie de informante da organização. “Utilizando o acesso proporcionado pela sua profissão, repassava informações confidenciais sobre apreensões de drogas, homicídios, autores e vítimas dos crimes, além das linhas de investigação policial. Ele também fornecia informações sobre a localização de equipes de segurança e divulgava detalhes de operações policiais antes de sua execução, o que comprometia o sucesso dessas operações”, disse o delegado Munin.
A Denarc levantou informações de que Almenara enviava fotos dos locais de crimes e das vítimas para os integrantes da organização criminosa, permitindo que os mesmos tomassem medidas para evitar a captura de membros do grupo. Em outra mensagem ele descreveu o local de uma apreensão de drogas e a movimentação da polícia em tempo real: “Essa carreta tava lá estacionada no G10, ali na Morangueira. Ela pegou essa droga em Foz do Iguaçu e ia levar para Minas Gerais”. O repórter não apenas fornecia informações, como segundo a Denarc, incentivava atos de violência : “Hoje foram para matar ele e erraram os tiros. Inclusive, deram uma recompensa de R$ 5.000 se alguém matasse ele. Então menino, tinha que ter feito ele né, para a gente filmar ele no chão”. André Almenara será ouvido segunda-feira na 9ª. Subdivisão Policial de Maringá.
Redação JP
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