De acordo com investigações efetuadas por agentes do Detran e da Polícia Civil do Paraná empresas do ramo estariam colocando placas irregulares em veículos automotores.
As placas não eram registradas no Sistema Nacional de Registro de Veículos Automotores, o que impede a transferência em caso de venda, além do proprietário correr o risco de ter o veículo apreendido. A operação deflagrada ontem, que deve ser estendida para todo o Estado, detectou a fraude em Paranaguá e Cascavel. Só nessas duas cidades foram lesadas cerca de 9 mil pessoas.
A ação desencadeada nesta quarta-feira visa dar prosseguimento a uma investigação que já vem se desenvolvendo no Paraná há meses , tendo como alvo esse tipo de crime contra o consumidor por supostas empresas de emplacamento. Em Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana, a Polícia Civil já “visitou” diversas empresas e contra elas cumpriu mandados de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Cássio Conceição, “os consumidores não têm conhecimento de que seus veículos exibem placas de identificação que não possuem registros devidamente cadastrados no Sistema Nacional de Registro de Veículos Automotores, administrado pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)”. Quando os proprietários forem vender esses veículos terão sérios problemas .
“Esta é uma fraude muito séria cometida por essas empresas, já que essa conduta delituosa prejudica o sistema de registro de veículos e configura sonegação tributária. A prática compromete a segurança do proprietário e do condutor, pois, ao consultar o QR Code da placa, o resultado aparecerá em branco, ou seja, inexistente no Registro Nacional de Veículos Automotores”, comenta o chefe de gabinete do Detran-PR, Ismael de Oliveira. A PCPR e o Detran-PR orientam os cidadãos a utilizarem o aplicativo VIO, disponível gratuitamente para download em celulares. O VIO permite a leitura de placas de veículos, ajudando a identificar se os dados estão devidamente registrados no sistema.
Redação JP
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