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Energias renováveis: Itaipu contribui para o futuro energético global

A transição energética global, justa e inclusiva será debatida de 30 de setembro a 4 de outubro, durante reuniões do G20, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério das Relações Exteriores (MRE), com apoio da Itaipu Binacional, que está trazendo o evento para Foz do Iguaçu (PR). Os encontros ocorrem nos hotéis Bourbon Cataratas e Mabu. Durante esse período, Foz do Iguaçu será o destino natural do G20, que reúne as maiores economias do planeta.

“Com várias iniciativas, Itaipu tem sido um símbolo da transição energética para o Brasil e para o mundo”, ressalta o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri. A usina mantém parcerias com municípios, comunidades, propriedades privadas e outras partes interessadas para promover a restauração de florestas ribeirinhas, a formação de corredores ecológicos e a conservação de solo agrícola e florestal. “Além disso, a empresa realiza diversas iniciativas de monitoramento, pesquisa e ações de conservação. Tudo para garantir a qualidade hídrica do reservatório de Itaipu, que produz energia limpa e renovável e promove o bem-estar da população da sua área de influência.”

Em 2023, Itaipu foi responsável pelo fornecimento de 88% de toda a energia elétrica consumida no Paraguai e 10% do consumo brasileiro. Itaipu também garante uma grande contribuição ao Paraguai e ao Brasil no uso de energia renovável (hidrelétrica, solar térmica, solar fotovoltaica, biogás e hidrogênio verde). Todas essas ações têm conexão com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Pioneirismo

Desde 2006, a Itaipu apoia a transição energética com o início dos programas Energias Renováveis (ER) e Mobilidade Elétrica Sustentável. Os projetos de ER começaram dada a preocupação com a grande concentração de produção de proteína animal nos municípios próximos ao reservatório da usina, que acaba gerando resíduos que, se não destinados de maneira adequada, chegam até as águas de Itaipu através dos rios da região.

A empresa entendeu que uma boa maneira de evitar a descarga dos efluentes seria gerar conhecimento sobre a transformação desse passivo ambiental em um ativo econômico: o biogás. Assim, além de fomentar uma solução para a destinação desses resíduos, Itaipu iniciou um processo de transição energética nas propriedades, trazendo benefícios ambientais e econômicos aos produtores rurais, incrementando suas rendas e incluindo uma nova fonte de energia renovável e riqueza na sua cadeia de produção.

O projeto apoiado por Itaipu na região Oeste do Paraná foi a base técnica e regulatória para a geração distribuída no Brasil, que hoje está massivamente presente em 99,6% dos municípios brasileiros com a solar fotovoltaica, superando os 32 GW instalados, em setembro de 2024 (Aneel).

“A primeira microgeração distribuída do Brasil foi implementada no Oeste do Paraná em um projeto apoiado por Itaipu, em 2008, que foi base para as primeiras normativas técnicas da Aneel para regulamentar o tema. Hoje, a partir daquela primeira ação, o Brasil possui mais de duas Itaipus em potência instalada com a mini e microgeração distribuída”, explica Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional.

A empresa foi pioneira no País em pesquisas e desenvolvimento de soluções em mobilidade elétrica. Atualmente, o veículo elétrico é uma realidade acessível ao consumidor, mas Itaipu já estava preocupada com o tema muito tempo antes, desde 2006, quando implantou o Programa VE (Veículo Elétrico) em parceria com a KWO (Kraftwerk Oberhasli), empresa suíça de energia. O objetivo era promover a eficiência energética, a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais por meio do desenvolvimento de veículos movidos a energia elétrica e tecnologias similares, o que inclui infraestrutura de abastecimento e sistema de armazenamento de energia, dentro do conceito Smart Grid.

Em parceria com empresas públicas, privadas e instituições de pesquisa, foram desenvolvidos veículos elétricos de passeio, caminhão elétrico de pequenas cargas, miniônibus 100% elétrico, o primeiro ônibus elétrico híbrido a etanol, off-road elétrico, avião elétrico tripulado, eletropostos, sistemas de compartilhamento de veículos, entre outros.

Dentre as atuais linhas de pesquisa do Programa VE estão o Sistema de Armazenamento de Energia para instalação em comunidades isoladas (ilhas e áreas que não dispõem de rede elétrica), Sistema de armazenamento de energia com inversores híbridos e painéis solares para operação “on-grid” e “off-grid”, além da Bateria de Sódio Nacional e do projeto do Ônibus Elétrico Híbrido a Etanol (OEHE). Nos testes de desempenho, dentro da usina de Itaipu, o OEHE foi capaz de reduzir em 80% as emissões de CO2 em relação ao ônibus diesel.

Recentemente, por meio do programa Itaipu Mais que Energia, a Binacional anunciou o financiamento de 42 veículos elétricos e o mesmo número de postos de abastecimento (chamados eletropostos) para prefeituras das regiões Noroeste e Sudoeste do Paraná. O objetivo é estimular a renovação das frotas municipais por veículos mais sustentáveis, contribuindo com a redução das emissões de carbono e o alcance das metas da Agenda 2030, das Nações Unidas. O valor do investimento será de R$ 8,9 milhões.

Energia solar

A Itaipu também apoia e financia projetos de energia solar fotovoltaica em áreas rurais e urbanas em todo o Estado do Paraná, por meio do programa Itaipu Mais que Energia, da gestão de bacias hidrográficas e do auxílio eventual para instituições filantrópicas. Além de apoiar o desenvolvimento de novas fontes renováveis, Itaipu dá segurança ao sistema elétrico em um contexto de crescimento dessas novas fontes, em especial, a solar e a eólica.

Atualmente, a Itaipu também está estruturando o projeto-piloto de uma planta solar flutuante binacional a ser instalada na margem paraguaia do seu reservatório, com 1 megawatt-pico (MWp) de painéis fotovoltaicos, que visa investigar o comportamento técnico e ambiental desse tipo de aplicação.

Combustíveis

No que se refere à inovação de combustíveis sustentáveis, a Itaipu foi pioneira no refino de biogás para produzir biometano e utilizar esse combustível em grande parte de sua frota. O projeto de biometano veicular da Itaipu cooperou para a aprovação da Resolução 8/2015, da ANP, que estabelece a especificações do biometano e reconhece a equivalência com o gás natural.

Além do biogás, a Itaipu, por meio do Itaipu Parquetec, fomenta e desenvolve pesquisa há 10 anos sobre hidrogênio verde, em uma Planta Experimental, com toda infraestrutura de equipamentos para produzir, armazenar e aplicar este hidrogênio.

Há ainda a Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano (UD-Itaipu) operada pelo CIBiogás, no qual são tratados resíduos orgânicos internos da Central Hidrelétrica Itaipu e produzido biometano, que abastece parte da frota da empresa e abastecerá um ônibus da frota do turismo, em processo de conversão.

Na UD-Itaipu, também são desenvolvidos projetos de pesquisa, com destaque para a combinação do biometano com o hidrogênio verde produzido no Itaipu Parquetec para a produção de bio-syncrude, um substituto sintético verde do petróleo bruto.

A Itaipu Binacional, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e o projeto H2Brasil, também sedia a Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis, primeira planta piloto do Brasil para a produção de petróleo sintético a partir de biogás, com foco na geração de combustível sustentável para aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF).

Com um investimento de 1,8 milhão de euros do governo alemão, por meio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), a planta instalada na Itaipu Binacional é projetada para produzir 6 kg por dia de bio-syncrude, uma mistura de hidrocarbonetos criada a partir de biogás e hidrogênio verde, destinada à produção de SAF.

“Bateria” do sistema elétrico

As hidrelétricas são fontes de energia limpa e renovável, com capacidade de compensar as flutuações naturais na geração das fontes renováveis intermitentes. Ou seja, na ausência de sol ou vento, é necessária uma fonte segura que atenda de forma rápida a demanda por energia. Sendo uma grande hidrelétrica, Itaipu funciona, então, como uma espécie de “bateria” para o sistema elétrico, complementando o atendimento da demanda diante da variação das outras fontes.

Além disso, devido à expansão das usinas eólicas e solares, também é possível observar uma mudança no perfil de carga do sistema, com grandes rampas de consumo no final da tarde. Em muitos dias, Itaipu contribui com cerca de 30% do atendimento a essas rampas. Isso reforça a importância da usina para garantir segurança e estabilidade dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio.

Assessoria de Imprensa
Foto – Itaipu


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