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Couro de tilápia produzido na Fazenda Experimental é destaque em desfiles de moda

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) participou de dois importantes desfiles de moda no Brasil: a 58ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW) e a 2ª edição do Santa Catarina Fashion Week (SCFW). Durante esses eventos, duas marcas apresentaram peças confeccionadas com couro de tilápia, proveniente da Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI/UEM).

A zootecnista Amanda Hoch, ex-orientanda da professora Maria Luiza Rodrigues de Souza, do Departamento de Zootecnia (DZO/UEM), representou a instituição. Hoch é a fundadora de uma empresa que vende couros de tilápia, utilizados na fabricação de tênis, sapatos, bolsas e, recentemente, roupas. Sua empresa recebeu o convite para fornecer couros para o desfile do SPFW.

Hoch então estendeu o convite à professora Maria Luiza de Souza, coordenadora do Laboratório de Processamento de Peles de Pequenos e Médios Animais, vinculado à FEI/UEM, e do Grupo de Estudos de Produtos de Origem Animal (Gepoa), ambos do DZO. Firmada a parceria entre as duas, os couros de tilápia foram produzidos e enviados para as estilistas confeccionarem as roupas.

As peças se destacaram nos dois desfiles, pois somente as duas marcas se destacaram como as únicas com couro de tilápia entre todas as coleções apresentadas. “Unimos a produção e a moda”, diz Souza. 

A noite do desfile na SPFW contou com a presença de Maria Luiza de Souza; da professora do Departamento de Medicina Veterinária (DMV), Adriana Aparecida Pinto, e da professora do Departamento de Design e Moda (DDM), Natani Aparecida do Bem. A participação foi importante para a integração entre os cursos de Zootecnia e Moda, com o apoio do CCA e do Centro de Tecnologia (CTC). 

LABORATÓRIO

O laboratório de Processamento de Peles de Pequenos e Médios Animais é visto como uma referência na produção e em pesquisas a respeito da transformação da pele do peixe em couro. São aplicadas diferentes técnicas de curtimento nas várias espécies de peles animais (peixes de água doce e marinha, rã, coelho, peles de caprinos, jacaré, avestruz, além do rúmen e retículo de bovino e ovino, pé de frango, entre outras), feitas análises de resistência dos diferentes couros processados no laboratório, testes físico-químicos e físico-mecânicos, assim como realizado análise de histologia e microscopia eletrônica de varredura em parceria com outros laboratórios da UEM.

Além disso, o laboratório é usado para as aulas práticas da disciplina de “Tecnologia de produção de peles e couros”, no curso de graduação em Zootecnia, e “Tecnologia de peles e couros” na pós-graduação em Zootecnia. As técnicas e trabalhos de curtimento tem sido apresentadas em muitos eventos nacionais e internacionais, inclusive com palestras e cursos em instituições de ensino na Colômbia, Equador, México, Itália e Argentina.

Da Redação
Foto – Reprodução

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