A Universidade Estadual de Maringá (UEM) terá o maior orçamento para 2025, totalizando R$ 869,7 milhões. Dessa forma, as universidades estaduais do Paraná receberão um orçamento histórico para o próximo ano, totalizando R$ 3,6 bilhões para as sete instituições de Ensino Superior. Esse montante é o maior já registrado para a rede, conforme dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI). Em comparação com 2019, começo da atual gestão, os repasses aumentaram em 38,7%, o que equivale a um acréscimo de R$ 1 bilhão no orçamento no decorrer de seis anos.
Esse valor será destinado tanto para o custeio quanto para investimentos nas universidades estaduais, incluindo a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). No momento, há mais de 84,6 mil alunos matriculados em cursos presenciais e a distância, abrangendo graduação, mestrado, doutorado, além de programas de especialização e residência multiprofissional em todas as regiões do Paraná.
O reflexo desse aumento no orçamento é a qualidade do ensino e das pesquisas feitas nas universidades estaduais paranaenses. A UEM foi eleita a quarta melhor instituição do Sul e a 24ª de todo o país na nova edição do Ranking Universitário da Folha de São Paulo (RUF).
Segundo o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, a atenção ao Ensino Superior é algo que se reflete não somente na qualidade das instituições, mas também na maneira como esse conhecimento é devolvido à sociedade. “O Paraná tem um compromisso com as suas universidades para promover o desenvolvimento científico e tecnológico. É conhecimento que se transforma em inovação, em progresso e em qualidade de vida para todo o Estado.”
O salto do orçamento no decorrer dos últimos é, de acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Aldo Bona, um claro reconhecimento do Governo do Estado da importância estratégica da pesquisa científica e das universidades no desenvolvimento estadual. “Desenvolver a pesquisa e a extensão, comprometidas com a região onde as universidades estão inseridas, ajuda o Estado a gerar emprego, renda, desenvolvimento econômico e social — e, portanto, ajuda a construir uma sociedade melhor”, diz.
Os R$ 3,6 bilhões destinados para as universidades representam a maior parte do orçamento previsto da SETI, que gerencia essas instituições. Dos R$ 4,3 bilhões planejados para o próximo ano, 83,4% serão voltados especificamente para ao custeio e investimentos na área.
HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
O papel das universidades estaduais não se delimita somente ao ensino e às pesquisas, já que várias dessas instituições administram também hospitais universitários (HU) que atendem a população de respectivas regiões. Desse modo, parte dos R$ 3,6 bilhões descritos no orçamento de 2025 é destinado para a gestão dos HUs da UEL, UEPG, UEM e Unioeste. São 6% desse montante, totalizando R$ 226,4 milhões.
Como o custeio dessas unidades é compartilhado entre SETI e a Secretaria de Estado da Saúde (SESA), o orçamento dos HUs é dividido entre as duas pastas. Para o ano que vem, os hospitais vão receber um total de R$ 1,3 bilhão.
Da Redação
Foto – Reprodução