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Rompa com a cultura do improviso

A flexibilidade para improvisar é importante, porém quando o improviso se torna a cultura de um determinado ambiente, o sucesso passa a ser quase impossível.

Entenda, a flexibilidade para improvisar é uma habilidade relevante. Muitas vezes, a vida nos surpreende com situações inesperadas, e saber se adaptar pode ser a diferença entre avançar ou ficar para trás.

Eu também trabalho em rádio e saber improvisar é fundamental para sobreviver às surpresas que acontecem enquanto a programação está no ar. Porém, se o improviso se torna a cultura do comunicador e, principalmente, da emissora, o fracasso vai bater à porta.

Isto vale quem trabalha com rádio, mas também vale para você que talvez atue no setor da alimentação, saúde, vestuário, tecnologia… E também se aplica a nossa casa. Você não improvisa o almoço no dia em que vai receber uma visita, uma pessoa que você gosta.

Por isso, pergunto: o improviso é a exceção ou virou o padrão no seu dia a dia?

Veja bem, improvisar é uma ferramenta, não uma estratégia. Quando o improviso se transforma na cultura de um ambiente, seja no trabalho, na família ou em qualquer outro lugar, o sucesso se torna impossível.

Lamentavelmente, conheço empresas que fazem tudo de forma improvisada. Os computadores usados pelos profissionais são improvisados, as mesas, o ambiente do café… Tudo improvisado para, depois (quem sabe um dia), ser devidamente arrumado, organizado.

Gente, não dá. Quando o improviso é a regra, não dá para esperar por bons resultados. O improviso constante é o oposto do planejamento e da previsibilidade. E, sem isto, tudo se torna instável, caótico.

Imagine um time de futebol que entra em campo sem treinar jogadas, sem estudar o adversário, confiando apenas na habilidade de improvisar de seus atletas. O que acontece? No começo, até pode funcionar. Mas, com o tempo, os erros se acumulam, as falhas aparecem, e o resultado é inevitável: derrota.

O mesmo vale para empresas, relacionamentos ou até projetos pessoais. Quem vive só apagando incêndios nunca constrói nada. O improviso pode ser brilhante em momentos críticos, mas a consistência nasce do planejamento e do investimento em estruturas, regras e procedimentos bem definidos.

E o pior: quando a cultura do improviso se estabelece, o comprometimento vai embora. Ninguém leva a sério aquilo que não é pensado, planejado, organizado, arrumado. Nas empresas, costumo brincar: o chefe finge que vai arrumar e o colaborador finge que vai trabalhar, que vai se comprometer.

Ninguém fica feliz em ambientes improvisados; ninguém fica satisfeito diante de situações que seguem sem uma resposta definitiva.

Isso não significa que tudo na vida será previsível. Não será. Mas o improviso é para essas situações: as que escapam do nosso controle. Porém, se o improviso se torna a regra – e não a exceção -, não dá para esperar por bons resultados.

Portanto, pegue a ideia: avalie a cultura do ambiente onde você está inserido. No seu trabalho, por exemplo, há planejamento ou tudo é feito de última hora? Na sua família, vocês constroem uma rotina ou só reagem aos problemas que surgem?

Lembre-se de que o improviso é uma habilidade, mas pode ser a cultura do ambiente. Quem vive de improviso desgasta energia, perde tempo e, muitas vezes, oportunidades.

Esteja aberto ao inesperado, mas planeje seus passos e invista em estratégias duradouras, planejadas, organizadas. O sucesso não nasce do acaso. Ele é fruto de uma mente preparada para agir com sabedoria e que tem um plano, uma organização, uma rotina estabelecida.

Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras |  Doutor em Educação

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