A Polícia Civil estourou o cativeiro onde duas mulheres estavam ameaçadas por um casal que cobrava dívidas contraídas por elas em uma casa de tolerância.
A dupla foi presa em flagrante na noite de terça-feira em um prostíbulo à margem da BR-153 em Imbituva, região dos Campos Gerais. Segundo apurado nas investigações, o casal mantinha duas mulheres em cativeiro, dizendo que elas só seriam soltas depois que ganhassem dinheiro se prostituindo para pagar a dívida que tinham com a casa. As duas vítimas de cárcere privado e mais uma terceira que trabalhava na casa de tolerância, eram de fora do Paraná, uma inclusive de Roraima, que tinha vindo para Imbituva ante a promessa de trabalho. Ao ser resgatada, ela disse que não sabia que trabalho teria que fazer e começou a ser maltratada a partir do momento em que se recusou aderir ao esquema de prostituição existente no local.
Outras duas mulheres que também estavam na casa, mas não no cativeiro, relataram à Polícia que eram punidas com multas exorbitantes caso desobedecessem as regras do estabelecimento. Havia a ameaça de que se uma fugisse as que ficassem seriam penalizadas por não terem delatado a colega de infortúnio. Durante o resgate as duas mulheres que estavam em cárcere privado manifestaram desejo de voltar para suas cidades de origem e foram acompanhadas na manifestação por outras três. A Assistência Social de Imbituva forneceu alimentação e abrigo temporário às vítimas. O casal suspeito foi levado para a cadeia pública de Irati.
De acordo com a Polícia Civil, a existência da casa de tolerância foi apontada pela Polícia de Goiás, que tomou conhecimento do paradeiro de uma mulher que passou por lá, vinda de Roraima rumo ao Estado do Paraná. A informação sobre cativeiro teria chegado até um agente policial de Goiânia por meio de denúncia anônima.
Redação JP
Foto – PCPR
