O Instituto Ambiental de Maringá (IAM), em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), desenvolve o projeto Recanto das Abelhas, que consiste na instalação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão em parques do município.
O projeto está em funcionamento nos parques do Ingá e Alfredo Nyffeller (Buracão) e será expandido para outros lugares, como o Parque das Palmeiras, no Jardim Vitória. Nos parques, foram implantadas caixas de acrílico para proteger as colmeias de possíveis predadores, como macacos e quatis. São 22 caixas no total, sendo que 12 caixas foram instaladas no Alfredo Nyffeler e 10 no Parque do Ingá.
As colmeias reúnem várias espécies nativas de abelhas sem ferrão, como tubuna, manduri, jataí, mirim guaçu, droriana, mandaçaia, canudo e mandagriari. “Nosso objetivo é transformar os parques em espaços que vão além da contemplação, com atividades socioculturais que promovam cidadania de forma sustentável”, relata o diretor-presidente do IAM, José Roberto Francisco Behrend.
As abelhas nativas sem ferrão, chamadas de meliponas, são primordiais para a polinização de plantas e enfrentam risco de extinção. O projeto também pretende desmistificar o medo de abelhas. “Cerca de 300 espécies brasileiras não têm ferrão e não oferecem risco à população, mas as pessoas as desconhecem e, por medo, acabam matando”, diz o diretor de Biodiversidade do IAM, Emmanuel Predestin.
Segundo o diretor, a conscientização ambiental é um dos pilares do projeto. “Queremos mostrar que, além de serem inofensivas, as abelhas desempenham um papel crucial no equilíbrio ambiental, auxiliando na preservação de espécies de árvores e na produção de mel.” Com mais de 20 mil espécies de abelhas no mundo, sendo mais de 4 mil nativas da América Latina, as abelhas são essenciais para o equilíbrio do planeta e produção de alimentos no mundo.
Redação JP
Foto – Rafael Macri