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Saúde divulga Lira e índice é considerado de risco médio

A Secretaria de Saúde divulgou no dia 1º, Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) de 2025, feito entre os dias cinco e 11 de janeiro. O índice de infestação predial em Maringá foi de 2,1%, considerado risco médio, sendo assim, o número revela a necessidade da mobilização de toda a população no controle da dengue, especialmente por causa das chuvas frequentes e às altas temperaturas registradas neste período do ano e que representam um ambiente favorável para a reprodução do mosquito.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o Lira fique abaixo de 1%. No recorte por Unidade Básica de Saúde (UBS), as unidades Alvorada I e Tuiuti apresentaram o maior índice de infestação predial, de 4% e 4,01% respectivamente, o que é considerado risco alto. O menor índice foi registrado na região das UBSs Paris VI e Ney Braga, com 0,50%;

Segundo o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, a Cidade retomará o trabalho coordenado de controle da dengue, com foco na orientação da comunidade e atuação em áreas estratégicas. “Vamos retomar um trabalho de campo efetivo de controle da dengue. Controlar a dengue é combatê-la todos os dias, o que é tarefa de todos nós.”

Ao longo da execução do Lira, os agentes de combate às endemias identificaram que os principais focos do mosquito da dengue foram encontrados em pequenos depósitos móveis, como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósito de construção. Esses itens representam 40% do total de focos identificados pelos agentes. Na sequência, com 34,9%, ficam o lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos e entulhos de construção. 

“O levantamento aponta que 75% do problema se concentra nos pequenos focos. Isso mostra que o mosquito pode estar mais próximo do que podemos imaginar, dentro de nossas casas. A dengue, o perigo e a morte estão dentro da nossa casa. Por isso, a mobilização de toda a comunidade é fundamental na adoção de simples medidas de prevenção e que podem salvar vidas”, explica o secretário de Saúde.

No decorrer da apresentação do Lira também foi mobilizado o Comitê Municipal Contra a Dengue, que reúne representantes de vários órgãos públicos e da sociedade civil organizada. 

VACINAÇÃO
Maringá segue com a campanha de imunização em combate à dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Entre maio de 2024 a janeiro deste ano, mais de 8 mil doses da vacina foram aplicadas. Desse total, foram 5.645 imunizantes para primeira dose e 2.608 para a segunda. A vacina está disponível nas unidades básicas de saúde (UBS), com exceção das unidades Vila Operária e Iguaçu.

No município, o público-alvo é de 22.398 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos e que podem ser imunizados. A faixa etária, que é estabelecida pelo Ministério da Saúde, concentra a maior parte das hospitalizações pela doença após os idosos. Apesar de serem mais vulneráveis às complicações da dengue, pessoas acima de 60 anos não estão autorizadas a receber a vacina por causa da falta de comprovação da eficácia para esse grupo.

O esquema vacinal completo engloba duas doses com intervalo de 90 dias entre a primeira e segunda aplicação. Se a criança ou adolescente for diagnosticada com dengue, só poderá receber a primeira dose depois de seis meses, porém, se o diagnóstico for depois da primeira dose, a segunda dose deverá ser aplicada 30 dias após a infecção.

Para imunização, os pais ou responsáveis devem comparecer às unidades básicas de saúde com documento de identificação e a caderneta de vacinação da criança. A municipalidade reforça que o imunizante é um importante aliado na prevenção da dengue, porém, não dispensa os cuidados individuais e coletivos para combater os focos do mosquito transmissor, incluindo a manutenção e limpeza dos quintais.

Da Redação
Foto – Rafael Macri

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