![aviso dengue](https://i0.wp.com/www.maringamais.com.br/wp-content/uploads/2024/02/aviso-dengue.jpg?resize=640%2C427&ssl=1)
A 15ª Regional de Saúde tem 191 casos de dengue, segundo o novo informe semanal da doença publicado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental. Com isso, no Paraná foram registrados mais 1.156 casos da doença. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 21.765 notificações, 3.725 diagnósticos confirmados e um óbito em decorrência da dengue. Ao todo, 356 cidades já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 187 possuem casos confirmados.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (1.287); 17ª RS de Londrina (633); 13ª RS Cianorte (355); 12ª RS de Umuarama (284) e 15ª RS Maringá (191).
A publicação traz ainda dados sobre Chikungunya e Zika, doenças que também têm como vetor o mosquito Aedes aegypti. Foram contabilizados 108 casos confirmados de Chikungunya, com um total de 388 notificações da doença no Estado. Já referente Zika Vírus, até agora foram registradas 10 notificações e nenhum caso foi confirmado.
ALERTA
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) fez um alerta epidemiológico a respeito do risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. Segundo a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em vários países do continente, incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.
“A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, explica a organização, por meio de nota. O comunicado diz ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 no ano passado.
O vírus da dengue conta com quatro sorotipos diferentes, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia somente contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”.
“O aparecimento ou o aumento da circulação de um sorotipo que antes não era predominante em uma região pode levar a um aumento de casos de dengue, devido à maior suscetibilidade da população”, alertou a Opas. No Brasil, o sorotipo 3 não circula de maneira predominante desde 2008.
Ainda conforme a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a modos graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue). “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública”.
“O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, finalizou a Opas.
No ano passado as Américas reportaram mais de 13 milhões de casos de dengue, sendo 22.684 classificados como quadros de dengue grave (0,17%), além de 8.186 mortes associadas à doença.
Nas primeiras semanas deste ano, 23 países e territórios das Américas contabilizam 238.659 casos de dengue, a maior parte concentrada no Brasil (87%). Na sequência estão Colômbia (5,6%), Nicarágua (2,5%), Peru (2,5%) e México (2,5%). Do total de casos, 263 foram classificados como dengue grave, além de 23 mortes confirmadas.
Da Redação
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