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Centro de Maringá registra aumento de moradores de rua

Os moradores, comerciantes e autoridades se reuniram para discutir o crescimento significativo de pessoas em situação de rua na região central da Cidade e os impactos dessa realidade no cotidiano da população.

O encontro, realizado na última quinta-feira, foi organizado pela síndica Iraci Terezinha Valcarenghi Sodré e contou com a presença de representantes da Prefeitura, como o secretário de Assistência Social, Leandro Bravin, o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Paulo Sérgio Viana, a vereadora Giseli Bianchini, além de síndicos da área central, como Marcelo, da Euro Administradora, responsável pela gestão de vários condomínios no Novo Centro.

Iraci Terezinha Valcarenghi Sodré destacou a importância de ouvir as preocupações dos moradores e comerciantes diretamente afetados pela presença crescente de pessoas em situação de rua na região. Ela ressaltou que a segurança tem sido um dos principais pontos de preocupação, com relatos de furtos, consumo de substâncias ilícitas e atos de violência em espaços públicos, além do impacto negativo no comércio local, que tem enfrentado queda no número de clientes.

Para Olga Valentina Fungaes, comerciante, a situação é preocupante. “Tenho uma pequena vendinha há anos e nunca havia visto tantos moradores como agora. Isso afasta nossos clientes e deixa as pessoas com medo, não é correto”, comentou.

Entre as iniciativas já em andamento para lidar com a situação estão o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), que oferece acolhimento, alimentação, cuidados de saúde e orientação social, e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que dá apoio a famílias em situação de vulnerabilidade, incluindo aquelas em risco de perder a moradia.

NÚMEROS

Dados do Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, compilados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e divulgados em dezembro passado mostram um aumento de 50% na população em situação de rua no intervalo de apenas um ano.

De acordo com a plataforma, eram 565 famílias em situação de rua na cidade até agosto de 2023. Já em agosto de 2024, o número subiu para 845 famílias. Embora a informação seja embasada com dados da população em situação de rua, não significa, necessariamente, que todos os cadastrados recebam algum tipo de benefício social.

A Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR) levantou números sobre a população em situação de rua no Estado. Ao todo, até agosto de 2024, eram 14.638 famílias nesta condição no Estado, 27% a mais do que o registrado em agosto de 2023, quando eram 11.497 famílias em situação de rua.

OCORRÊNCIA

Na última quarta-feira, na avenida João Paulino Vieira Filho, um homem em situação de rua foi atropelado. Ele estava dormindo embaixo da marquise de um prédio, em frente ao portão da garagem, quando foi atropelado por um morador, que saía com o carro e não viu o homem deitado no chão.

A vítima estava embaixo do veículo quando os socorristas do Samu e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local.

Da Redação
Foto – Reprodução

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