
Entre janeiro e a primeira semana de março deste ano, mais de 5,8 mil maringaenses procuraram atendimento médico devido a sintomas como vômito e diarreia, popularmente conhecidos como “viroses”. Os dados, coletados pela Secretaria de Saúde de Maringá, englobam atendimentos em toda a rede de saúde da Cidade, incluindo hospitais públicos, privados e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Em janeiro, a média semanal de atendimentos foi de 680, enquanto em fevereiro caiu para 600. No entanto, na primeira semana de março, o número de atendimentos voltou a subir, registrando 708, um leve aumento em relação aos meses anteriores.
O termo “virose” é utilizado para se referir a uma série de doenças causadas por vírus, que podem provocar sintomas como diarreia, vômito e febre. Nos últimos quadros epidemiológicos, a prevalência tem sido de infecções gastrointestinais, que apresentam sintomas como diarreia, dor abdominal, vômito e febre, com variações dependendo do tipo de vírus envolvido.
Embora os quadros de diarreia e vômito geralmente sejam auto-limitados, ou seja, desaparecem após um tempo específico independentemente da medicação utilizada, existem tratamentos que podem acelerar a recuperação. Nos casos de Covid-19, Influenza e Rotavírus, por exemplo, há antivirais e medicamentos específicos. Para outros vírus, como os causadores do resfriado, o tratamento é sintomático, com medicamentos para aliviar dor, febre e vômito.
De acordo com Ingrid dos Santos Ramos, bióloga, a prevenção das infecções gastrointestinais está intimamente relacionada à correta higienização das mãos, uma vez que a transmissão ocorre pela via fecal/oral, geralmente através do contato com superfícies ou mãos contaminadas. “Os cuidados que adotamos durante a pandemia, como a higienização frequente das mãos e de objetos, são fundamentais não apenas para prevenir a Covid-19, mas também para evitar a propagação de outros vírus e bactérias. Muitas vezes, uma ‘virose’ é causada por um vírus simples que pegamos ao entrar em contato com alguém já infectado”, explicou.
No caso das viroses respiratórias, é essencial seguir práticas como etiqueta da tosse e do espirro, lavar as mãos regularmente e usar máscaras. O isolamento também é recomendado, especialmente para crianças, a fim de evitar a transmissão do vírus para outras pessoas.
Para Marlene Fernandes Rosário Alves, a virose tem se tornado um diagnóstico recorrente. “Sempre que vou a um postinho, dizem que estou com virose. Às vezes, tenho sintomas diferentes, como febre e dores no corpo, mas o diagnóstico é sempre o mesmo. Será que realmente é sempre virose? As vezes gostaria que me explicassem com mais detalhes”, comentou a idosa.
Em janeiro, na primeira semana, foram registrados 555 casos. Na segunda semana, 849; na terceira, 706; e na quarta, 610. Em fevereiro, na primeira semana, houve 521 casos. Na segunda semana, 558; na terceira, 589; e na quarta, 735. Em março, na primeira semana, o número de casos foi 708.
Da Redação
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