- IDENTIDADE HUMANA-
Francisco José de Souza*
A natureza humana é indicativa de um cidadão do universo, viajor das estrelas, livre dos apegos que o retém nas sombras das viciações.
O homem tecnológico dos instrumentos eletrônicos, dos automóveis sofisticados, dos iates, das viagens espaciais, vive empobrecido de valores e ideais da ética, da família, da fraternidade e de respeito pela vida.
Quando o individuo desumaniza-se, perde a identidade com os valores éticos, espirituais e torna-se agressivo e indiferente com a ordem social, destrói tudo o que lhe contrarie, inclusive, a própria vida.
A humanização retrata a consciência ética do dever de solidariedade e fraternidade, enquanto que a desumanização faculta a geração do medo, da sociedade confusa e sem destino, sem discernimento em torno dos valores humanos, ou seja, do que é essencial e o que é secundário.
Quando falta sentido ético sobra anarquia, e ainda que muitos amedrontados e inseguros busquem refúgios em partidos políticos, nos clubes sociais e desportivos, nas multidões, temendo o autoenfrentamento, vivem na multidão solitários em si mesmos.
De outra banda, significativa parcela da massa se comporta como hipócritas e enganadores, se fantasiam de democráticos e solidários, enquanto se alimentam do orgulho, do egoísmo com o disfarce da acomodação social das aparências.
Por força da insanidade que ronda solta, o clima é de indiferença pela vida, da falta de humanidade nas pessoas, que partem para a destruição de tudo e todos, afinal, quem não se ama, não pode amar o outro, e sem objetivos nobres, campeiam os relacionamentos doentios da violência.
Nada obstante o aparente caos, as agressividades, as neuroses e as insatisfações que medram voluptuosos são alardes dos fins dos tempos do homem primitivo, dominado pela natureza animal e, início de uma nova era, do homem novo, racional e feliz, de individualidade humana em prefeito equilíbrio psicofísico.
Os sentimentos de amor, justiça, caridade e gratidão são expressões inerentes à natureza humana, porquanto, sendo filhos de Deus, somos herdeiros naturais da mansuetude e segurança intima, como fatores decisivos que fomentam a paz e a felicidade.
Quando o homem se identifica, logo descobre a imantação com o Sumo Criador, desfruta de uma vida sadia que decorre de um inter-relacionamento social saudável.
O homem moderno se encontra em crise momentânea, vitimado pela insegurança que o aturde, ignorante da sua genética divina e das reais finalidades que deve imprimir à vida.
Francisco José de Souza é Promotor de Justiça.
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. Acesse o portal www. ademaespirita.org. br e conheça mais sobre o Espiritismo.