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Mesmo perdendo recursos, instituição aumenta doações

A pandemia tornou ainda mais desafiador o trabalho realizado pelas entidades assistenciais. Se de um lado houve um significativo aumento na demanda, com um número maior de famílias em busca de ajuda, de outro as doações feitas por empresas e pessoas físicas caíram bastante. 

 Em Maringá, o Encontro Fraterno Lins de Vasconcellos, fundado em 2000, dá uma ideia das dificuldades por que passam essas instituições. De acordo com o assessor jurídico Aldo Aquaroni Andrade, “houve uma perda de doações que culminou com a redução da receita. Em contrapartida, tivemos um vultoso aumento de pessoas necessitadas”.

                               MUITA PROCURA

 Mesmo com menos recursos, a entidade desdobrou-se e conseguiu aumentar de 120 para 150 a quantidade de cestas básicas doadas a cada mês para famílias em situação de vulnerabilidade, e de 150 almoços servidos aos sábados para 600 marmitas. “Ainda temos muita procura aos sábados de pessoas que nos pedem mais marmitas, mas não há capacidade no momento de aumentar esse número”, lamenta Andrade.

Mantida por meio de convênios públicos e doações privadas, a Lins de Vasconcellos conta com 40 funcionários e o apoio de aproximadamente 100 voluntários. Está localizada no Conjunto Residencial Guaiapó que, no mapa social de Maringá, é o segundo com mais população carente.
                     
PREPARANDO JOVENS
Suas atividades, no entanto, não se resumem a assistência social. São mantidos ali vários projetos sociais destinados a preparar jovens de 14 a 22 anos para o mercado de trabalho, como o Pré-Aprendiz e o Jovem Aprendiz, voltados a formação técnico profissional, sendo que uma equipe multidisciplinar faz o acompanhamento dos alunos em suas atividades práticas nas empresas contratantes, entre elas a Cocamar, e também em suas famílias.

Por sua vez, os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos realizados pela instituição têm, como principal diretriz, complementar a proteção social à família, a partir do apoio direto às crianças de zero a 6 anos, a adolescentes de 6 a 17 anos e seus familiares,  beneficiários do Programa Bolsa Família, vinculados ou egressos de programas e serviços de Proteção Social Especial. O objetivo é a complementação do trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de risco social e fortalecendo a convivência familiar e comunitária. A partir de 2017 a Instituição passou a atender também idosos, acima de 60 anos, com foco no envelhecimento saudável.

A instituição foi fundada a partir de um ideal de vida do casal Cleuzanir e Hermínia Ivantes, e hoje, mesmo enfrentando muitas dificuldades trazidas pela pandemia, atende a mais de duas mil pessoas todos os meses.

Redação JP
Foto – Reprodução

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