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Alunos da UEM protestam após suspensão das aulas presenciais

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) realizou uma coletiva de imprensa, na manhã de ontem, para explicar a decisão do Grupo de Trabalho Técnico de Enfrentamento à Covid-19 em suspender as aulas presenciais na instituição. Durante o encontro, alunos contra a suspensão foram até o auditório da reitoria para protestarem e mostrar insatisfação com a medida tomada apenas três dias após o retorno das aulas nos campus da universidade. A manifestação também foi apoiada por boa parte dos professores que contestam a decisão e aponta inviabilidade da manutenção.

Centenas de alunos permaneceram do lado de fora da sala de reuniões e gritaram palavras de ordem. Houve tumulto e interrupção da coletiva de imprensa por alguns estudantes revoltados por terem se mudado de cidade, alugado apartamento e agora terão de voltar para casa e, para não perder a locação em Maringá, vão continuar pagando aluguel. Disseram que, além dos gastos desnecessários, o ensino remoto em algumas matérias é praticamente impossível, não tem como absorver o conteúdo. Reclamaram também não entender porque tantos eventos seguem acontecendo, enquanto as aulas presenciais são suspensas.

Para tomar a medida, o grupo analisou os dados epidemiológicos publicados no Decreto nº 86/2022 da Prefeitura e alertou à Reitoria do alto risco de contágio. A partir disso, em reunião convocada pela Reitoria, houve a decisão que as aulas presenciais fossem alteradas para a modalidade Ensino Remoto Emergencial (ERE), sem previsão para retorno em sala de aula. A decisão está documentada na publicação da Portaria 029/22-GRE. Somente disciplinas práticas profissionalizantes continuam acontecendo normalmente.

“Essa comissão analisa dados continuamente para redesenhar decisões. Estamos em uma situação completamente diferente dos anos anteriores, com Taxa de Positividade em Maringá na faixa dos 70% e ocupação dos leitos de UTI em mais de 78%. Mesmo assim, nossa expectativa é que retornemos o quanto antes com as aulas presenciais, mas por enquanto está suspensa. Lembrando que só podemos voltar a atuar normalmente com a bandeira verde no município e no último boletim Maringá entrou em bandeira amarela”, explicou o Reitor Júlio Damasceno.

O Grupo de enfrentamento ressaltou que os dados atuais indicam alto risco de contaminação por Covid-19 e isso impõe restrições às atividades letivas. O comitê é formado por especialistas na área da saúde.

Redação JP
Foto – CBN Maringá

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