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Maringá deve fabricar carros elétricos esse ano

Veículo foi apresentado ano passado e empresa participa de processos legais para se instalar em Maringá

Apresentado no final de novembro do ano passado, em praça pública em Maringá, o modelo do carro elétrico Wee tem a possibilidade real de ser fabricado na cidade. A montadora Kers está participando de todos os trâmites burocráticos para se instalar no Parque Industrial e iniciar a produção, comercialização e exportação do veículo sustentável em solo maringaense.

De acordo com o site da empresa e com o secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Comunicação e Turismo, Marcos Cordiolli, tudo está encaminhando para que ainda esse ano os carros fabricados aqui circulem pelas ruas de Maringá. “Nunca foi discutido a ideia de termos uma loja revendedora do veículo. Desde o início a intenção foi mostrar as vantagens que Maringá oferece à empresa para que ela se instale definitivamente em nosso Parque Industrial, o que deve ocorrer até o meio do ano e os primeiros carros entregues em breve”.

No site da montadora, que ainda não possui fábrica no Brasil, o interesse de se instalar em Maringá é público. “Planos conjuntos com a Prefeitura de Maringá preveem a instalação de fábrica própria no parque industrial daquela cidade, com capacidade para 10.000 unidades/ano. A produção seria iniciada com 30 carros por mês, sendo as primeiras unidades entregues ainda no primeiro semestre de 2022”.  No entanto, a previsão de entrega não deve se concluir nesse prazo devido aos trâmites legais e adesão da montadora em programas como o Prodem para concessão de benefícios  tributários  e o Paraná Competitivo que traz vantagens para importação e exportação de produtos fabricados no Estado.

O secretário de Inovação explica que a empresa já se inscreveu nos programas, participa da licitação para a aquisição do terreno industrial, busca investidores e parcerias com as universidades locais. “Todas as possibilidades de negócios que Maringá oferece atraíram a empresa. A Prefeitura é parceira em muitos programas fiscais, lideramos os rankings de cidade eficiente, temos terrenos competitivos e uma facilidade vantajosa em logística, além da qualidade de vida que os profissionais terão ao se mudarem para cá. Tudo que apresentamos fez com que a empresa desistisse de se instalar em Santa Catarina e iniciasse todo o processo de implantação da fábrica em Maringá”, diz Cordiolli.

Durante a rodada de negócios realizada pela Prefeitura em novembro do ano passado, muitos investidores da cidade se interessaram pelo carro          garantindo a compra inicial de 20 unidades. Outras grandes empresas demostraram interesse em adquirir uma frota do modelo de 3 rodas, que seria a fabricação inicial e já a curto prazo passando para o veículo de 4 rodas.

ELETRO POSTOS

Para garantir o carregamento do veículo elétrico, a montadora oferecerá como acessório extra a bateria. Outra opção serão os locais que a Prefeitura pretende disponibilizar para esse novo modelo de veículo. “ Até o final do ano vamos licitar 10 eletro postos e distribuir pela cidade para a recarga dos carros”, afirma o secretário, finalizando que “a implantação da fábrica é real e em breve muitos maringaenses estarão  com seus carros elétricos pela cidade”.

O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, ressalta que o investimento na industrialização é uma das frentes para o plano de aceleração econômica pós-pandemia. “Entendemos que para a cidade é um avanço muito importante e ficamos muito felizes com a apresentação do veículo aqui. Queremos evoluir mais na implantação de indústrias de alta tecnologia”, afirmou. 

CARRO VERDE

Enquadrado como veículo elétrico urbano semiautônomo para duas pessoas, o Wee pode ser fabricado com o custo até 60% menor que o do concorrente importado mais barato. Além disso, promete redução de até 80% com os gastos de combustíveis e manutenção, além de ser um carro sem ruídos e emissão de gases.

O projeto do carro elétrico paranaense foi viabilizado pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Unioeste e Instituto Inbramol, envolvendo pesquisa de mestres e doutores da área da engenharia mecânica e recursos para finalização e automação do veículo. Com o conceito de energia circular, o modelo de negócios prevê remanufatura e reciclagem do veículo e seus componentes.

Dayani Barbosa
Foto – Reprodução

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