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Vereadores pedem afastamento de secretária da Semulher

Secretária Terezinha Pereira e a superintende Eliany Feitoza estão sendo acusadas de assédio

Durante sessão na Câmara Municipal, vereadores usaram a tribuna para falar sobre a denúncia de casos de assédio no trabalho por parte da secretária da Mulher, Terezinha Pereira. A vereadora Cris Lauer, do PSC, pediu o afastamento da diretora da pasta até que as apurações dos casos sejam concluídas. Além dela, Onival Barris, do União, também cobrou a atitude. A Comissão de Enfrentamento a Violência de Gênero (Cevige), da OAB Maringá, recebeu as denúncias das servidoras.

“As servidoras comunicaram na Ouvidoria 156 e foram repreendidas pela secretária da mulher. Ela teria dito ‘a Ouvidoria da Semulher sou eu’. A Prefeitura não deveria afastar essa profissional para que haja uma investigação com ética?”, questionou Cris. Enquanto isso, Rafael Roza, do Pros, destacou que uma das falas das denunciantes foi: “quando você leva o atestado para Semulher, não dura muito tempo”. Ele pediu que seja feita uma análise minuciosa de todo conteúdo para que a justiça seja feita em caso de comprovação dos assédios.

Sobre o assunto, a Prefeitura enviou nota dizendo que “a administração pública tem o dever de resguardar as informações pessoais a ela confiadas em seus registros de dados. Por isso, em relação ao fato questionado, a gestão municipal e a Ouvidoria devem manter o sigilo das informações. Todas e quaisquer denúncias são tratadas pela administração pública com a intenção de corrigir falhas e demais problemas. Ao receber denúncias em relação à conduta de servidores, a Secretaria de Gestão de Pessoas (Segep) abre processo administrativo para apuração.”

DENÚNCIA
A superintendente, Eliany Feitoza, e a secretária da Mulher, Terezinha Pereira, estão sendo acusadas de assédio. Servidoras da Secretaria da Mulher dizem que foram humilhadas e coagidas. As denunciantes estariam trabalhando sob coação e sendo ameaçadas de serem substituídas dos cargos. A Comissão da OAB protocolou a denúncia que ainda relata pressão e questionamento de forma deliberada. Um ofício será encaminhado para o Ministério Público do Paraná e à Prefeitura de Maringá.

Cristiane Neme, presidente da comissão na OAB, pede esclarecimentos ao Poder Público. A doutora destacou um dos depoimentos, onde ouviu da servidora que ela estaria emocionalmente esgotada e desesperada. Outras profissionais pediram para serem removidas ou exoneradas da função; o motivo seria a humilhação constante. Todos os relatos das servidoras, mulheres que preferiram não se identificar, foram citados no documento. Como as colaboradas afirmaram que tentaram fazer denúncias por meio da Ouvidoria 156, mas foram repreendidas, a comissão ressaltou que a postura da secretária intimida e impede que condutas inadequadas sejam comunicadas.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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