- JULGAR O MAL -
Francisco
José de Souza*
Desde
os mais recuados tempos o homem procura entender as fronteiras que demarca a
presença do bem e do mal. Respeitado o traço cultural e costumes de cada povo,
o conceito do mal se altera em expressões aceitas ou repelidas.
Sob
a perspectiva espírita, o mal é tudo o que se distancia de Deus, portanto, de
natureza relativa ao nível de desenvolvimento ético e moral, de discernimento e
da vontade de agir de cada qual.
O
mundo é neutro, portanto, o mal não se encontra nas coisas e aspectos
exteriores. O mal resulta das más ações de individuo para individuo.
Quando
a vontade se associa aos maus instintos, o homem exterioriza os vícios e as
imperfeições humanas de que se faz portador. A propósito, O Mestre dos mestres,
sinalizou que o mal é o que sai do
coração... É necessário arrancar das entranhas todo sentimento impuro e toda
tendência viciosa, ou seja, destruir em nós as matrizes que alimentam as
perversidades.
As
pessoas dominadas pelo orgulho ocultam as suas torpezas e, com fundados receios
de ser descobertas nas sujidades em que chafurdam, elegem inimigos gratuitos,
vítimas inocentes, para descarregar o veneno que as acicata. Não hesitam em
ferir, destruir e provocar injustiças sob o manto da aparente aceitação social
ou conivência com outras mentes insanas, pusilânimes em romper com os bafios do
mal que as contagia.
São
construtoras de artifícios engenhosos que convence os incautos e indiferentes à
vigência da verdade, do bem e da ordem.
Orgulhosas
de tudo saber e receosas de serem descobertas em erros fogem da realidade,
criando artifícios mentirosos, convencendo aqueles com quem desfruta das
regalias dos cargos e o poder transitório que o tempo tende a confiscar.
A
consciência de todo agressor é o supremo aguilhão, segue o relapso além-túmulo,
a mercê das corrigendas. O fator tempo é o senhor dos ajustes, sempre
oportuniza a ceifa da livre semeadura,
qual seja, a correção do resultado efetivo do mal moral.
Os limites entre o despertar da consciência e o
poder de julgar alguém, é efeito direito do aflorar do senso moral, que
credencia a correta visão dos fatos que se apresentam em mesa para apreciação. Analisar com acerto é saber ouvir e discernir
com imparcialidade, livre de comungar com outras mentes insanas.
O maior homem que já habitou este Planeta houve por
contextualizar que não ostentava o direito de julgar a ninguém.
Em quaisquer circunstâncias, saibamos refletir,
evitando maiores erros!
Francisco
José de Souza é Promotor de Justiça.
Coluna
da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. Nosso e-mail: maringaespírita@gmail.com
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